segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os Jornais x Mídias digitais

Bem pessoal. Pessoal! Ué, ninguém apareceu por aqui? Bom talvez precise postar algumas coisas mais interessantes. Todo mundo anda muito ocupado para ler algumas linhas. Aliás, todos nós andamos muito ocupados para ler qualquer coisa.
A mensagem atual tem que ser direta e de rápida assimilação.
Vejam o que ocorre com as mídias escritas hoje.
Os jornais tiveram uma queda aguda nas suas vendas nos últimos anos. Quem pára hoje para ler um jornal na íntegra? Mesmo porque os jornais são mídias descontínuas, diferente dos livros que trazem um contúdo conexo e interdependente.
Fala-se em queda de 18%, mas eu que trabalho em um jornal, posso garantir que essa queda pode ter sido maior.
As novas mídias estão cada vez mais presentes, empurradas pela tecnologia galopante, que as dão fôlego e penetração.
Sempre que aparece uma palavra diferente ou um assunto que não conhecemos, corremos para o google e digitamos a tal palavra lá e pronto, viramos experts no assunto.
Às vezes nem chegamos a clicar nos links, apenas pelo texto prévio já tiramos todas as conclusões.
Ora. Porque ler um jornal se as notícias estão bem alí no G1? A um click.
Por que ler uma entrevista se podemos entrar no chat e entrevistarmos, nós mesmos?
Por que ler um livro se logo logo vão lançar um filme baseado nele?
São premissas com meias verdades, ou mentiras com fundamentos, mas que não as torna verdades.
Porque não devemos esquecer que os jornais, diferente da internet e de outras novas mídias, são mídias impressas.
Ora. Mas que diferença faz? Simples. Os jornais são documentos que registram instantes da história e isso os tornam documentos invioláveis. Diferente de uma página HTML que pode ser editada por qualquer um que tenha acesso aos códigos fontes.
Além disso, os jornais têm memória, o que os tornam muito mais a cessíveis. Pois então vejamos. Você acaba de ler uma notícia sobre um concurso ou viu o preço de um carro que você quer comprar lá no G1. Aí você desliga o computador e vai dormir.
No dia seguinte você comenta com a sua mulher sobre o concurso ou sobre o carro.
Então ela te pergunta. Quan abrirá as inscrições? Ou quanto custa o carro.
Opa!! Se fosse num jornal, bastava folheá-lo de novo e pronto. Lá estava a notícia ou o anúncio do carro.
Mas como foi no G1, lá vai você ligar o computador de novo, esperar o windows carregar e se tiver sorte e a sua conexão estiver boa, em dez minutis você terá a notícia ou o anúncio em mãos, mesmo porque depois da atualização, o G1 já terá colocado a tal notícia no arquivo morto.
Agora é só apelar para a sua esposa não vir com mais perguntas complicadas.
Claro que esta tônica estende-se as revistas e as demais mídias escritas.
Não devemos mencionar que a leitura impressa é muito mais salutar para a mente, pois é menos imediatista e nos faz refletir melhor e nos permite compartilhá-la de forma mais rápida.
Quem nunca leu uma notícia no jornal e comentou com alguém que estava ao lado no banco da praça?
Infelizmente por termos pouco tempo, não percebemos ainda esses tênues diferenciais deste tipo de veículo de comunicação, que passam desapercebidos diante da rapidez da internet, onde as notícias são jogadas aos montes ,sem prévia seleção, sobre as pessoas que acabam por não assimilar nada ou quase nada no meio dessa enxurrada.
Podemos comparar a mídia escrita com as fotografias e as novas mídias com os vídeos.
Embora seja fascinante a imagem em movimento, ela não fixa os instantes em nossa mente, o que a foto faz muito bem obrigado.
Os vídeos são fascinantes, mas as fotos são encantadoras. Precisamos apenas ter sensibilidade para percebermos tais peculiaridades.

Um comentário:

  1. Eu uso bastante a internet, mas continuo assinando dois jornais e e duas revistas, além de comprar livros. Gosto de ler em qualquer lugar e no computador é preciso ter local e hora.
    Agradeço sua visita e comentário no meu blog.

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